23.9.16

O Canudo Filtro



Em algumas situações as invenções mais simples são aquelas que causam o maior impacto dentro da sociedade. Na maioria das vezes algo simples pode ser acessado por todos, sem muita dificuldade.

Como é sempre abordada em inúmeros veículos de informação, a crise que nós seres humanos vivemos em relação à falta de água potável só aumenta. Graças a pessoas preocupadas com isso nós vemos surgir ideias fantásticas que podem sanar essa preocupação.

Seguindo essa linha, a empresa suíça Vestergaard Frandsen desenvolveu o sistema de filtragem móvel, batizado de “Life Straw” ou “Canudo da Vida”. O produto é bem mais grosso que eu um canudo comum e tem aproximadamente 25 cm de comprimento. O seu objetivo é filtrar de forma eficaz a água que é sugada a partir dele que pode estar contaminada com micro organismos, aqueles que provocam cólera, febre tifoide e diarreia. Os seus filtros, fabricados em resina halógena, matam quase 100% das bactérias e cerca de 99% dos vírus. O canudo pode filtrar até 700 litros de água, estimativa essa que representa o consumo anual de água por um ser humano. Logo que os filtros do canudo entupirem a ponto de não conseguirem mais filtrar a água, esse deve ser jogado fora.





No entanto o canudo não pode filtrar metais pesados, também não purifica a água do mar e não remove os  parasitas como a giárdia ou o criptosporídio.

O CEO da empresa, Mikkel Vestergaard Frandsen, afirmou que há uma versão do “Life Straw” disponível para os grupos de ajuda humanitária em Bangladesh e na Índia capaz de filtrar arsênico.



A University of North Carolina em Chapel Hill testou o “Life Straw” em água contamidada por uma série de bactérias. Ao final o resultado mostrou que o sistema de filtragem reduziu os micro organismos em uma quantidade não nociva para a saúde, provando que o mecanismo realmente funciona.






Ilustração: Victor Lopes da Silva
Texto: Renato dos Santos Raimundo, Victor Lopes da Silva, Eduardo Barcelos
Equipe Técnica: Bruna Peres, Giovana Manzani

2.9.16

O papel social do Lambe Lambe



O Lambe-Lambe é um tipo de arte bastante utilizada no meio do design, publicidade e outros vias artísticas. Não se sabe exatamente quando esse tipo intervenção surgiu, mas acredita-se que foi nos EUA, quando artistas começaram a espalhar essa arte visando uma interferência positiva nas cidades, causando uma mudança no visual de certos ambientes que em sua grande maioria eram considerados abandonados.

Colados geralmente em espaços públicos, postes, pontes, lixeiras e paredes de locais abandonados e as vezes degradados, os lambe-lambes são uma espécie de cartaz que possuem em seu conteúdo uma mensagem de caráter crítico ou artístico, levando as pessoas que os observam a refletirem em temas que na maioria das vezes se encontram presentes na sociedade onde vivem, além de trazer cor e graça aos ambientes onde são colados.



O lambe-lambe é como um adesivo, onde a sua cola é fabricada a partir da mistura de água, farinha de trigo ou polvilho. Também pode-se fazer o uso de cola branca no ato de colar os cartazes produzidos.

Lembre-se que colar lambe-lambe não é crime, logo porque segundo a Constituição Federal, todo cidadão tem o direito de se manifestar e protestar livremente. Só precisamos nos atentar onde iremos anexar esses cartazes, devendo evitar locais contenham sinalização de trânsito ou mesmo informações úteis. Também recomenda-se evitar vidros de carro, latarias de carro, vitrines, espaço privados sem autorização, como fachada de casa e lojas, bancos 24 horas, fachadas de prefeituras e órgãos públicos, como o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista e principalmente muros que foram pintados recentemente (a não ser que haja um acordo).



A cultura do lambe-lambe é algo bem presente em diversos estados do Brasil e é uma ideia que a cada dia vem sendo tirada do papel. Se você não é praticante desse movimento, não fique ai parado, só basta um pouco de vontade e ideias geniais podem surgir contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade melhor. 


Referências;
1 e 2.



Texto: Luis Felipe, Giovanna Portilho, Lucas Flauzino
Ilustração: Luis Felipe 
Equipe Técnica: Bruna Peres, Giovana Manzani

11.8.16

Ecotelhados - alternativa bio sustentável



Tetos e paredes verdes oferecem conforto térmico e reduzem os impactos ambientais.




Rio de Janeiro - Enquanto os ambientalistas buscam alternativas para diminuir os efeitos da poluição e ampliar as áreas verdes nos centros urbanos, uma das soluções sustentáveis pode estar sobre nossas cabeças. O telhado verde é uma opção estética que oferece conforto térmico e reduz os impactos. Tanto que foi apresentado este ano um projeto de lei federal no Brasil que estimula a inclusão de coberturas de plantas em cidades com mais de 500 mil habitantes possibilitando a redução da taxa do IPTU.


  (Outra alternativa adotada é o jardim vertical em paredes externas das construções)

De acordo com José Linck Feijó, presidente da Associação Telhado Verde Brasil e diretor da Ecotelhado, os revestimentos verdes não são caros e possibilitam fácil manutenção.

“ O custo do ecotelhado é equivalente ao preço de um telhado comum. Revestimos a laje com plantas rústicas. O peso atual de um teto verde é bastante leve quando feito com uma estrutura adequada.As paredes verdes estão começando também a ser aplicadas nos projetos de edificações. Há muitos benefícios nas ecoparedes e telhados. Um deles é o conforto térmico. A cobertura de plantas sobre as superfícies mantém a temperatura sempre agradável. Isso faz com que o morador tenha redução de aproximadamente 30% nos gastos de energia”, destaca José Manuel.

Quem quer colocar a ideia em prática precisa contar com mão de obra especializada e infra-estrutura adequada para não ter problemas de vazamentos, infiltrações, perda de plantas e de terra pela erosão ocasionada pela chuva.  



( Os telhados verdes podem ser implantados na construção em até dois dias.)

Qualquer região pode implantar um ecotelhado ou parede verde, principalmente as de clima seco, destaca José Manuel. Este tipo de cobertura pode ser implantado também em edificações já existentes.


Faça como eles, tire ideias como essas do papel!


Ilustração: Heron Pereira Silva

Texto: Matheus José, Glauber Lucchese, Amanda Peres
Equipe Técnica: Bruna Peres, Giovana Manzani

20.7.16

Solar Bag, a bolsa que purifica a água!



"A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba." 
- Guimarães Rosa


Dois designers americanos, Ryan Lynch e Marcus Triest, desenvolveram uma bolsa que serve como recipiente e purificador de água. Essa é feita a partir de camadas de polietileno (um tipo de plástico) super transparente na frente e com polietileno preto na parte do fundo que maximiza a captação e irradiação dos raios ultravioletas emitidos pelo sol. Esse produto foi divulgado no site da revista EXAME no dia 07 de Setembro de 2012.




O objetivo do desenvolvimento do produto consiste em que o acesso à água potável, que equivale a 3% de toda a massa líquida da terra, é uma grande preocupação que assola o mundo todo. O fato de que a quantidade desse fator essencial para a nossa sobrevivência é pequena em relação à demanda de uso, que só cresce, faz com que surjam várias formas de acessar e potencializar os meios para aproveitar ao máximo esse recurso sem desperdiça-lo. Infelizmente, nem todas as regiões do globo possuem acesso a esses métodos que demandam tempo, estrutura e investimento.

Em alguns lugares como a África Subsaariana, por exemplo, a água potável que se tem acesso, na sua maioria, se encontra contaminada por bactérias e outros organismos.

Mesmo com esse cenário, as pessoas não hesitam em fazer o uso desse líquido no estado em que está. Não há saída, ou você bebe a água ou você morre de sede. Dessa maneira, a água contaminada mata muito mais pessoas do que a própria violência no local.

A bolsa chamada de “Solar Bag” funciona de uma forma simples e eficiente. O conceito foi baseado na situação onde as pessoas enchem o recipiente com a água contaminada, colocam a bolsa nas costas e caminham grandes distâncias até a sua localidade sob a forte luz solar.



A parte transparente na frente faz com que esses raios solares atravessem a água e a parte ao fundo reflete esses raios de volta proporcionando a purificação do líquido aquecendo-o, matando as bactérias contidas ali.



Os criadores disseram que essa quantidade de água sob o sol leva cerca de 6 horas para estar completamente pronta para o consumo.



O que mais chama a atenção é que o custo desse material chega até 5 dólares. Dependendo da quantidade produzida esse valor pode ser até menor, se a produção for feita no local esse custo diminui ainda mais.

Está na hora de nós purificarmos as nossas atitudes, tire essa ideia do papel!



http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/5-ideias-verdes-e-simples-que-podem-mudar-o-mundo#5



Ilustração: Victor Lopes da Silva
Texto: Renato dos Santos Raimundo, Victor Lopes da Silva, Eduardo Barcelos
Equipe Técnica: Bruna Peres, Giovana Manzani

15.7.16

Design Social - Ilha de Elise



A Ilha de Elise é um projeto da agência criativa alemã Dan Pearlman se enquadrando na área do design social, que ganhou vida no departamento de psiquiatria infantil e juvenil do Hospital Evangelisches Krankenhaus Konigin Elisabeth (KEH), em Berlim.  




De maneira didática o projeto aborda a história fictícia da Princesa Elise, que é a protagonista principal das histórias contadas as crianças assim que chegam ao hospital. Na história, quando  ainda nova, Elise cria uma ilha, que  de certa forma a protege dos perigos da vida mantendo-a sempre salva. Assim, os anos se passam e a protagonista se torna avó e percebe que não precisa viver na ilha, decidindo partilha-la entre os jovens do hospital.



O projeto contou com a ajuda  de designers e arquitetos, onde cada sala do hospital foi ambientada de modo  que a cor, luz, formas e materiais possam promover um ambiente positivo e seguro igual ao da ilha, que possui areias douradas, palmeiras e vários abrigos.




Bem bacana né?



Texto: Luis Felipe, Giovanna Portilho, Lucas Flauzino
Ilustração: Luis Felipe 
Equipe Técnica: Bruna Peres, Giovana Manzani

8.7.16

#EVENTOCULTURAL: Conexão Iguatemi




"Educação Compassiva - técnicas e práticas para uma educação mais pacífica e feliz"

Educadoras e Mindful Educators, formadas pela Mindful Schools da Califórnia, abordam a importância da educação emocional para formar crianças seguras e cientes de suas capacidades. Formar um cidadão por completo, com Inteligência emocional e não apenas preparado para repetir conceitos e marcar questões.

 A educação vai muito além e pode treinar educadores e alunos para olhar para dentro de si, fortalecendo as relações dentro e fora de sala de aula.

Neste processo, é fundamentalmente necessário reconhecimento do silêncio, da atenção plena e do relaxamento no equilíbrio emocional de professores e alunos.




O evento ocorrerá dia 11 de Julho, para maiores informações:



1.7.16

Combustível: Plástico reciclado.


"Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo"
-Mahatma Gandhi


Você como ser humano é capaz de produzir altas quantidades de lixo plástico por dia. Esse elemento é de extrema importância para a vida moderna, porém, o seu uso demasiado pode contribuir para o aumento da poluição ambiental. Esse material é normalmente descartado, quando perde o seu uso, em aterros sanitários que poluem o solo, o lençol freático, o ambiente e vida que o cerca.

Com base nessa realidade, foi divulgado na Revista Science uma grande descoberta que irá transformar, de forma menos agressiva, o plástico descartado em combustível líquido e em outros produtos úteis.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Irvine, nos EUA, e do Instituto de Química Orgânica de Xangai, na China criaram uma forma mais suave e eficiente de separar os fortes laços de plástico de polietileno, que é o tipo de plástico mais comumente utilizado hoje.

Essa técnica se baseia no uso de alcanos, ou parafinas. Esse tipo específico de moléculas de hidrocarboneto rompe a cadeia química do plástico transformando-o em um composto útil, tal como, combustível líquido e cera industrial. A equipe degrada o plástico através de um processo chamado metátese cruzada com alcano. As substâncias necessárias para esse novo método são subprodutos da refinação de petróleo, que se encontram facilmente disponíveis.



Essa notícia foi divulgada recentemente, no dia 22/06/2016, causando uma ótima projeção para o descarte consciente do lixo produzido em alta escala.

Há tempos nós temos procurado uma busca para solucionar esse tipo de problema, porém, os métodos utilizados até agora, para esse tipo de reciclagem, são tóxicos e demandam uma alta utilização de energia e temperatura para serem realizados.


Recicle você também a sua forma de pensar, tire essa ideia do papel!


http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cientistas-descobrem-como-reciclar-plastico-em-combustivel



Ilustração: Victor Lopes da Silva
Texto: Renato dos Santos Raimundo, Victor Lopes da Silva, Eduardo Barcelos
Equipe Técnica: Bruna Peres, Giovana Manzani